Simpósio 6


Formação de professores de artes visuais: mediações, tecnologias e políticas


Proponentes: Maria Cristina Fonseca UDESC, Consuelo Schlichta UFPR Gerda Foerste UFES

As investigações realizadas pelos professores, artistas e pesquisadores que integram o Observatório da Formação de Professores de Artes Visuais evidenciam a expansão das redes de relações entre produção, distribuição e apropriação da arte. O grande paradoxo é que nas condições objetivas da sociedade moderna capitalista ampliam-se as trocas socioculturais, mas também as carências materiais e imateriais da maioria da população, assim como as assimetrias entre a produção voltada à satisfação das necessidades humanas e aquela direcionada à reprodução do capital (MÉSZÁROS, 2009). A primeira premissa que fundamenta as reflexões que propomos para debate nesse simpósio diz respeito ao papel central do trabalho no processo de formação de homens e mulheres, em geral, e de professores de artes visuais, em particular. Trata-se do trabalho enquanto atividade vitalmente humana, por meio da qual o homem produz e reproduz a própria vida. Destacamos o papel da contribuição da Pós-Graduação em Artes Visuais: produzir análise crítica sobre as condições subjetivas e objetivas de formação do professor, no âmbito das licenciaturas em Artes Visuais. Como apontou Hillesheim (2013), as licenciaturas em Artes Visuais são pouco estudadas no contexto da pós-graduação em Artes Visuais. É justamente nesta perspectiva que se pretende pensar: saber arte é o suficiente para ensinar? Depois, qual o lugar que o saber artístico ocupa na definição de um projeto de ensino da arte? O que nos revela o caráter histórico e político do processo de formação-atuação do professor de artes visuais? Que pensamento artístico e pedagógico solidifica-se não somente entre os educadores da Escola Básica, como também no Ensino Superior? Como superar um pensamento sobre a arte ora espontâneo, que se apoia no laisser-faire, no dom gratuito ou inato, na sensibilidade espontânea e imediata; ora conservador, que substitui a familiarização artística e cultural pela imposição da técnica descolada dos sentidos que carrega, no âmbito do seu ensino? As tecnologias cumprem um papel político, estético e pedagógico na formação dos professores de artes visuais, ora como redentora, ora como nefasta aos processos educacionais Fonseca da Silva (2013). Que visões são disseminadas nas licenciaturas acerca da inserção das tecnologias no mundo do trabalho? Buscamos finalmente debater as questões acima abordadas sistematizando contribuições para a área.

Palavras-chave: formação; observatório; educação estética

Nome ARTIGOS Página
Adélia Pacheco de Freitas Oliveira / UFES ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL EM VITÓRIA /ES: PERCEPÇOES E APONTAMENTOS 2928
Amanda Siqueira Torres Cunha / UFPR O LIVRO DIDÁTICO DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA ÁREA NO CONTEXTO DA LEI Nº 5.692 /71 2936
Ana Mae Barbosa / USP e Anhembi Morumbi ALÉM DA CRONOLOGIA 2951
Ana Maria de Oliveira Alvarenga, Isabela Nascimento Frade / UERJ GEOPOLÍTICA DA FORMAÇÃO: DESENHANDO AS PAISAGENS INFORMACIONAIS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO NA DOCÊNCIA EM ARTE NO BRASIL 2968
Aurélia Regina de Souza Honorato / UNISUL – UNESC ARTE E ENSINO: DESLOCAMENTOS NA CONTEMPORANEIDADE 2981
Consuelo Alcioni Borba Duarte Schlichta / UFPR AS EXIGÊNCIAS DE FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE ARTES VISUAIS NA CONTEMPORANEIDADE: QUE NOVO PERFIL SE (IM)PÕE? 2997
Fernanda Monteiro Barreto Camargo / UFES DE PIAGET À PINOCHET: MEDIAÇÕES DO ENSINO DA ARTE EM /NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ESCOLARES 3012
Gerda Margit Schutz Foerste / UFES FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ARTE EM TEMPOS DE “PÁTRIA EDUCADORA”: DA COMPETÊNCIA À AUTONOMIA 3025
Giovana Bianca Darolt Hillesheim / UDESC FORMAÇÃO DOCENTE EM ARTES VISUAIS E MERCADO DE ARTE: DESDOBRAMENTOS A PARTIR DO PROJETO OBSERVATÓRIO 3035
Giovana Santos Dantas da Silva / IFBA PROCESSOS, MATERIAIS E TÉCNICAS NO CURSO DE LICENCIATURA EM ARTES DA PLATAFORMA FREIRE NA REGIÃO DE JUAZEIRO-BAHIA 3049
Juliana Oliveira Gonçalves dos Santos, Mirella dos Santos Maria / UNESP GÊNERO, ARTE E RELAÇÕES ETNICORRACIAIS NA IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 11.645 NO ENSINO SUPERIOR 3064
Maria Angélica Vago Soares, Marcelo da Rocha Soares / UFES IMAGENS E MEMÓRIAS – NARRATIVAS VIVAS: DESVELANDO HISTÓRIAS EM UMA COMUNIDADE ESCOLAR DE SERRA /ES 3077
Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva / UDESC TRABALHO DOCENTE: APONTAMENTOS A PARTIR DO CAMPO DAS ARTES VISUAIS 3093
Maria da Penha Rodrigues de Assis / Prefeitura Municipal da Serra (ES),
Maria Angélica Vago Soares / UFES
PRÁTICAS COM ESTUDANTES E PROFESSORES(AS) DE ARTE: CUSTOMIZAÇÃO E CUSTOMIZADOSFORMATIVOS 3109
Rodrigo Montandon Born / UDESC A IMPORTÂNCIA DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DA ARTE: INCLUSÃO PLENA PARA PESSOAS COM PARALISIA CEREBRAL ATRAVÉS DO DESENHO INFANTIL. 3119
Ursula Rosa da Silva / UFPel O ENSINO DA ARTE NA UFPEL: MEMÓRIAS DA FORMAÇÃO DOCENTE 3134