DAS METAS � REALIZA��O

Ana Claudia de Oliveira
Presidente da ANPAP

 

Na sua forma��o organizada em torno de cinco comit�s � Hist�ria, Teoria e Cr�tica de Arte, Curadoria, Restauro e Conserva��o, Linguagens Visuais e Ensino-Aprendizagem da Arte �, a Associa��o Nacional de Pesquisadores em Artes Pl�sticas (ANPAP), desde a sua cria��o em 1986, procura aglutinar quest�es e interesses representativos da �rea de Artes nucleados pelo p�lo da pesquisa. Se, de um lado, ap�s o per�odo de instala��o da P�s-gradua��o lutou-se, e se continua lutando, pela consolida��o da pesquisa em artes junto �s demais �reas, a partir de fundamenta��es te�rica e metodol�gica consistentemente desenvolvidas, de outro lado, nesse campo, as particularidades das investiga��es extrapolam as institui��es, englobando as pesquisas dos artistas em suas pr�ticas e fazeres. Dessa conflu�ncia reconhecida, singularizadora das modalidades de pesquisas, tem-se conseguido avan�ar no estabelecimento de crit�rios para a sua avalia��o. No entanto, esta � uma caminhada em processamento que precisa ter continuidade para que se consiga solidificar uma pol�tica de entendimento das suas diferen�as, primeiro, no �mbito mesmo de sua comunidade de pesquisadores e, a seguir, no seu entrecruzamento com as demais �reas com as quais se articula e/ou convive.

No 11� Encontro, elegeu-se o tema ANPAP na travessia das Artes para que, caminhando juntos, reflet�ssemos sobre as pesquisas atuais num f�rum aberto que, ao mesmo tempo em que abre espa�o para o conhecimento e acompanhamento das investiga��es em desenvolvimento, abre-se tamb�m para o debate e a articula��o de pol�ticas para a �rea, a fim de que ela possa ter um posicionamento mais claro e coerente no cen�rio da produ��o de conhecimento de nosso pa�s a partir da pr�pria relev�ncia da produ��o art�stica que a torna cada vez mais respeitada e financiada pelas entidades de fomento; a fim de que a �rea se firme no cen�rio da divulga��o de sua produ��o, em especial, atrav�s das publica��es que precisam se adequar qualitativamente �s exigidas pela produ��o art�stica, assim como dos espa�os e mostras que s�o criados para as suas exposi��es, reconhecendo neles a produ��o de saber das curadorias, que exige uma forma��o mais estruturada em nosso pa�s; a fim de que a �rea n�o esmore�a no cen�rio do ensino nacional pelo qual a ANPAP tem arduamente lutado n�o s� para a garantia do lugar do ensino-aprendizagem das Artes da pr�-escola � universidade, mas tamb�m para que o pr�prio ensino se torne um dos eixos das investiga��es, o que a produ��o de teses e disserta��es das universidades brasileiras atestam; a fim de que a �rea abra caminhos no cen�rio do restauro e conserva��o dos materiais que est� a exigir ainda o reconhecimento da especificidade de seu dom�nio, al�m de um mais s�lido apoio institucional para a prepara��o de profissionais pesquisadores competentes; a fim de que a �rea avance nos cen�rios da hist�ria, teoria e cr�tica de arte que, ao lado de uma produ��o consitente no pa�s, continua exigindo melhorias fundantes para o seu desenvolvimento e fomento. Voltando-se para os comit�s mesmo que estruturam a ANPAP, a meta � que possamos juntos consider�-los a partir de suas exist�ncias particulares.

Aceitando esse desafio de constru��o conjunta, de todos os cantos do pa�s, apresentaram-se para expor suas pesquisas atuais, em pain�is e sess�es de comunica��o, mais de uma centena de investigadores, cujos textos publicamos nos Anais do 11� Encontro. Entrecruzados com os pesquisadores das mesas redondas, cujos textos ser�o publicados em forma de livro, no decorrer do pr�ximo ano, ser�o mais de cento e cinquenta trabalhos que integrar�o nosso f�rum.

Para n�s, que investimos nosso tempo na edifica��o desses dias de reuni�o para interc�mbio e debates, o sentimento � de grandes esperan�as na contribui��o que cada membro pode dar para pensarmos juntos o m�ltiplo e complexo panorama da pesquisa em arte que a ANPAP aglutina e, dessa forma, representa.

Apoiaram nossas proposi��es a FAPESP; a Funda��o Armando Alvares Penteado que, nesse bi�nio, abrigou a sede itinerante de nossa Associa��o, al�m de oferecer as melhores condi��es para que receb�ssemos nossos associados e convidados no recinto acolhedor do Museu de Arte Brasileira; afora o Instituto Tomie Otake e o MASP - Mostra Landscape (Apoio British Council), que abrem seus espa�os para visitas dos participante da ANPAP. Da mesma forma, contamos com o apoio da Funda��o Jap�o. A todos, que com seus gestos respaldaram nossa entidade, nossos sinceros agradecimentos.

Em especial, apoiaram esses passos da ANPAP a equipe de pesquisadores que integram a sua diretoria e seu conselho deliberativo, desde a assembl�ia de 1999. A esses companheiros que participaram sempre numa terceira jornada para a articula��o e solidifica��o de nossa associa��o, agrade�o o companheirismo e a responsabilidade partilhada.

Que, na travessia das artes, o 11� Encontro da ANPAP seja concretamente um erigir de metas para nossa associa��o no terceiro mil�nio e que cada anpapiano torne-se mais respons�vel por esse fazer conjunto e coletivo,assim como de sua idealiza��o.

 

Comiss�o Cient�fica - 11� encontro

Profa. Dra. Ana Claudia M.A. de Oliveira (PUCSP/COS)
Profa. Maria Izabel Ribeiro (FAAP)
Prof. Dr. Gilbertto Prado (ECA/USP)

Comiss�o Organizadora - 11� encontro

Profa. Dra. Ana Claudia M.A. de Oliveira (PUCSP/COS)
Profa. Maria Izabel Ribeiro (FAAP)
Profa. Lilian Amaral (Museu Aberto)
Profa. Gabriela Welder (MAC/USP)
Prof. Dr. Gilbertto Prado (ECA/USP)
Profa Dra Miriam Celeste Martins (IA/UNESP)